Um pianista que começou no clássico e traz toda a influência de Nova Orleans: conheça Ari Borger

“Você quer estudar piano? Então comece já”. Quando era criança, ouvi isso diversas vezes da minha mãe quando pedia para estudar piano. Achava, na época, que ela era exagerada. Hoje, assistindo Ari Borger (47) tocar, percebo que ela estava coberta de razão.

O músico, que é paulistano, começou a estudar o instrumento quando tinha apenas 9 anos. A música clássica sempre foi presente em sua vida pelo seu pai, que consumia o gênero musical. “Com 9 anos eu quis, por vontade própria, começar a estudar piano. Dos 9 aos 16 eu estudei erudito e segui minha carreira pela música”, conta.

Em atividade desde 1985, Borger é mestre em piano blues, boogie woogie e hammond B3. Foi o pioneiro no piano blues brasileiro, inspirando vários instrumentistas, com destaque nos principais festivais do gênero nos Estados Unidos e Europa. Já gravou seis discos ao longo de vinte anos de carreira.

Borger atinge algo muito difícil em sua música, soar verdadeiro e autêntico, improvisando sem “decorar” suas linhas melódicas, doce em alguns momentos, incendiário em outros

O músico conta que traz muita influência da música negra americana. Blues, Jazz, Soul, Funk entre outros gêneros montam seu repertório.

Borger já abriu shows para artistas como B.B.King e tocou com verdadeiras lendas do piano blues. Um momento marcante, para ele, foi quando tocou com Johnnie Johnson, pianista de Chuck Berry. “Quando morei em New Orleans, que é uma cidade incrível, tive um aprendizado muito incrível por vivenciar os grandes mestres”, afirmou.

No ano que vem, Borger grava seu 7º disco, dessa vez ao vivo. Esse show vai acontecer no Jazz nos Fundos, provavelmente em março.

Ari Borger se apresenta na Jazz Mansion 10. O artista promete agitar a pista com seu piano.

Ingressos esgotados.